Das venturas e desventuras que atravessamos neste mundo, vemos aquilo que se apresenta aos sentidos. Ouvimos o que é dito, tocamos o palpável, sentimos os cheiros.
E, no ar, ficam as palavras não ditas... o invisível, o indizível, o intocável...
Os atores passam e se vão, e no cenário acumulado de riquezas algo começa a ganhar vida.
Uma história deseja ser contada, arte sem artista, canção sem cantor.
Vai buscando espaço, sorrateiramente, sem ser percebida. Procura, paquera, namora, se esgueira e se encaixa entre uma fala e outra, do povo e dos artistas. Como uma idéia sem dono, que é colhida aqui e ali.
Assim nascem os mitos.
Histórias sem dono, de todos, sobre todos.
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