Quem somos nós e o que estamos fazendo aqui, qual o sentido da vida... são perguntas que não podem ser respondidas à simples luz da razão, do raciocínio, das estatísticas, dos pesos e medidas. Mas pela poesia oculta no mundo dos mitos, e em seus habitantes.
O herói, por exemplo... é aquele que enfrenta o vence os perigos, e só faz isso depois de conhecer e ultrapassar seus próprios medos e limitações. No fim ele recebe um tesouro. E, quase sempre, casa-se com a princesa. O que vence se torna senhor de um reino. O que se conhece e supera torna-se rei de si mesmo.
Essa imagem do herói está em milhares de contos e lendas desde a mais remota antiguidade até os dias de hoje, em todas as culturas.
O arquétipo que a narrativa desvela mostra o tipo de caráter que é preciso ter se você pretende ser, e não apenas parecer algo.
É um processo contrário ao de parecer, ou “se fazer de”; neste você vai se vestindo de camadas, umas que você põe, outras que jogam sobre você (que as aceita), vai pondo as máscaras, panos por cima de panos sobre você na intenção de ser aceito ou estimado, quando na verdade isso faz que se separe das pessoas, do que são de verdade.
As aparências são como véus que encobrem a essência das coisas.
E, uma hora, está carregando tantas muletas nas mãos que estas não podem segurar nem mais um grão de arroz.
Pratique abrir as mãos.
Abra-as em concha.

Em algum tempo estará soltando as muletas, as aparências a que se agarra. Estará pronto para receber algo maior.
Algo que é impossível segurar...
Um comentário:
Acho que melhor do que "ser" ou "se fazer"... é estar!
=*
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