Na última ceia, aquela misteriosa noite da qual tão pouco sabemos, Jesus disse: tomai este pão e comei-o, pois ele é o meu corpo.
O que você come, esta é sua matéria, a base que sustenta o seu eu total, que lhe permite ir e vir, dançar e cantar, experimentar sensações.
Da mesma forma o espírito está impresso no modo de preparar e comer os alimentos. Preste atenção a tudo, ao modo de mexer a comida, de mastigá-la, engolir, sentir seu sabor. Ao jeito de se referir a ela, chamá-la pelo nome.
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No Acre canjica é o que chamamos em São Paulo de curau. Eles comem canjica também, mas a chamam munguzá. O milho por influência dos índios tem papel forte na alimentação. O pão de milho, esfarelado no prato, pode substituir o arroz. Com carne moída, ovos e cheiro verde forma a Baixaria, prato inventado e muito pedido no Mercado do bosque.
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Também não costuma faltar em nenhuma mesa a macaxeira, em outros locais chamada de aipim, em São Paulo mandioca. Rainha do Brasil, Pão dos pobres. Comem-na frita, assada, cozida. Dela fazem a farinha de tapioca, pilar da alimentação acreana.
Esquentada em uma assadeira, vira a própria tapioca, uma massa branca pura ou com qualquer recheio que imaginar. Da farinha ainda em bolinhas são feitos mingaus, também puros ou misturados com um creme de banana, por exemplo. Tem muito bolo de macaxeira e até sorvete de tapioca.
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Com pouco dinheiro alimenta-se bem, pelas ruas. Estão em pequenas barracas, a cada esquina, garrafas cheias de café, de leite, tapioca e bolo, sucos naturais.
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O de gosto mais controverso é o Tacacá. Essa espécie de sopa tem origem também indígena. No caldo ralo, bem quente, está dissolvida a goma de Mandioca, transparente e bem viscosa, mergulhados os camarões secos, de rio, e misturados o alho e a chicória, erva amarga em outros estados do norte substituída por Jambu. O ofício das tacacazeiras foi declarado Patrimônio Imaterial do Acre pelo governo do estado.
Um comentário:
hum... deu ateh fome, ó! =9
beejoo
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